quinta-feira, 22 de abril de 2010

Casos de Madame Joana - Prefácio

Na flor dos seus vinte e poucos anos, Joana é uma menina que, apesar da pouca idade, acumula inúmeros predicados que a fazem, de fato, parecer mais velha. Sua beleza, inteligência, senso de humor e maturidade incomuns chamam atenção, provocando admiração de muitos, incômodo de outros e inveja de alguns.

Por todos esses motivos, está sempre rodeada de amigos fiéis. Pelos mesmos motivos, por vezes acaba por se entregar a amizades que nem sempre conseguem corresponder às suas expectativas, e seus relacionamentos amorosos são, em geral, marcados pela instabilidade.

A verdade é que a clareza e a objetividade com que Joana encara a vida e seus percalços nem sempre são compreendidas. São poucos os que conseguem acompanhar sua velocidade de raciocínio. Para ela, os mais complexos dilemas podem ser transformados em equações simples e lógicas, o que faz com que seja capaz de se apegar a alguém em pouquíssimo tempo, mas desapegar-se mais rapidamente ainda, caso algo a desagrade além do tolerável. Mecanismo de defesa e autoproteção que leva os mais ingênuos a vê-la como uma pessoa fria e insensível.

Embora não seja possível comparar sua história a um romance ou a uma telenovela, uma vez que, para tanto, seria necessária uma dose maior de continuidade, coisa que o dinamismo de suas relações pessoais, de forma geral, não permite, episódios aleatórios podem constituir crônicas que poderíamos ousar definir como tragicômicas. Dessa forma, vale a pena recapitular alguns deles e experimentar um pouco dessa sabedoria aparentemente contraditória. Casos de Madame Joana, voilà!

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