sexta-feira, 23 de julho de 2010

Inevitável

Embora duvides das minhas palavras
Quando digo que não me interessam outros abraços
Embora rias dos meus traços
Quando choro minhas mágoas

Embora lutes para manter distância
Quando insisto em te ter por perto
Embora busques fazer o que é certo
Quando tento fingir que o certo já não tem importância

Teus gestos negam teu discurso
Teus olhos revelam teus reais desejos
E tuas mãos já decoraram o exato percurso

Por isso, meus gestos continuam os mesmos
Meus olhos insistem em refletir o inevitável apego
E minhas mãos não desistem de esperar pelo aconchego.






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