sexta-feira, 26 de outubro de 2012

2.9


De repente (nem tão de repente assim) você abre os olhos numa manhã ensolarada de quarta-feira e se dá conta de que está completando 29 anos. Isso mesmo. Quase 30. Não dá mais para se enganar. Você é praticamente uma balzaquiana. Você é, definitiva e inescapavelmente, uma pessoa adulta. 

E agora?

Agora não dá mais para ter crises existenciais adolescentes. Não pode mais assistir desenho. Não pode mais jogar Banco Imobiliário com os amigos. Não pode mais comer porcarias. Não pode mais pedir colo da mamãe. Não pode mais chorar por qualquer bobagem. Não pode mais ficar feliz com coisas simples, como as crianças ficam. 

Agora você precisa ser uma pessoa séria. Você deve ser 100% segura sobre quem é e sobre o que deseja na vida. Você não deve ter dúvidas. Você deve assistir a telejornais, documentários e filmes de grandes cineastas europeus. Você deve ter uma vida financeira estável, bom emprego, carro, apartamento. Você deve ocupar seu tempo livre com atividades de adulto, nada de jogos e brincadeiras. Você deve se alimentar corretamente, comer muitas frutas e verduras e tomar muita água. Você deve ter controle emocional e resolver seus problemas no terapeuta. 

Certo?

Certo. Mas e eu? Eu que tenho crises periódicas; eu que gosto tanto de jogar com os amigos; eu que gosto tanto de comer pipoca e chocolate; eu que choro com a maior facilidade do mundo; eu que adoro o colo do minha mãe; eu que prefiro passar um Revellion apertada numa kitinete com os amigos que mais amo a passar sozinha num resort de luxo; eu que nem sempre quero assistir coisas de adulto; eu que ainda não tenho uma vida financeira muito estável; eu que tenho quase nenhum controle emocional... eu que completei 29 anos há dois dias e ainda não consigo acreditar que já vivi tanto... E eu?

Eu estou me acostumando aos poucos com a ideia de ser uma pessoa adulta. Todas as responsabilidades inerentes a isso me vieram muito antes de eu me tornar uma adulta de fato. Trabalho, contas a pagar. Tudo isso, eu tiro de letra há bastante tempo. E com o resto da lista, juro que não me preocupo. Tenho uma vida boa. Vivo rodeada de pessoas incríveis, que só me acrescentam coisas boas e caminham adiante comigo. Levantar todos os dias quase de madrugada para ir trabalhar não é uma tortura para mim. Antes, o contrário. Meus momentos de lazer e diversão são verdadeiros e me fazem muito feliz. Sei que estou no caminho certo. E sei também que as crises fazem parte do caminho. E se alguma coisa der errado, independente da minha idade, sempre terei o colinho da minha mãe...

Feliz aniversário para mim!




sexta-feira, 13 de julho de 2012

Do silêncio

Ele pode ser constrangedor, mas também pode ser um alívio. Há certos momentos em que é o meu maior desejo. Em outros, minha maior angústia. Às vezes, ele é tão cheio de significado que uma única palavra arruinaria com tudo. Outras vezes, nem todas as palavras de todos os dicionários do mundo seriam suficientes para me fazer compreendê-lo. Há quem diga que nada é capaz de expressar o inexprimível como o silêncio.

Ainda bem que a ambiguidade existe. Ainda bem que tudo pode ser bom e ruim ao mesmo tempo. Ainda bem que as pessoas são diferentes e que elas mudam com o passar do tempo. Difícil seria se todos quisessem sempre o barulho. Igualmente complicado seria se todos preferissem o silêncio constante. 

Ultimamente, tenho desejado profundamente o silêncio e a paz que vem junto com ele. Não sei se é velhice ou só cansaço, mas o fato é que o barulho, o burburinho, a agitação me deixam com os nervos à flor da pele. Talvez seja por isso que eu tenho preferido calar a manifestar certas opiniões para tentar mudar o imutável, evitar o inevitável...

Mas o que fazer quando, sem nenhum aviso, palavras inexplicavelmente pontiagudas entram pelos seus ouvidos e se espalham pelo corpo e pela cabeça, para finalmente escorrer pelos olhos? Este é momento de falar. De revidar. Retrucar. Justificar. E no entanto, nada além dele... o silêncio... 

Não há palavras suficientes para explicar o que acontece do lado de dentro; mas o que vem de fora também não se pode entender. Nessa hora eu gostaria de explodir em palavras; falar, falar, falar... até que não restassem mais palavras a serem ditas. Ao mesmo tempo, não posso evitar me recolher ao meu silêncio particular. Nele eu encontro abrigo, paz e tranquilidade, apesar de tudo. 

O silêncio é sempre uma boa opção, mesmo quando não é a melhor. É preferível não dizer nada do que deixar transbordar a verborragia ressentida, que magoa, fere,  machuca, muitas vezes irremediavelmente. As palavras precisam ser pensadas, elaboradas, organizadas. É preciso sempre levar em consideração o momento em que são ditas. Uma vez lançadas, jamais podem ser retiradas. Já o silêncio, este não requer prática nem habilidade; a qualquer  momento, é bem vindo. Prefiro me arrepender de ter ficado calada a lamentar ter dito coisas desnecessárias, que não poderão ser "desditas".

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Da responsabilidade


"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". Saint-Exupéry e seu clássico O Pequeno Príncipe acabaram por se tornar um grande clichê, de tão citados, reproduzidos, compartilhados e curtidos. Certa vez, disse neste mesmo blog que todo clichê é uma grande verdade. Nesse caso, não me parece diferente. 

O que entristece é notar que muitas pessoas sequer percebem o quanto cativaram alguém e se tornaram importantes. E, se percebem, não fazem muita questão de valorizar o sentimento. Ou, até mesmo, não sabem como fazê-lo. O fato é que o senso de responsabilidade anda perdido.

Pessoas entram em nossas vidas sem serem convidadas e nela permanecem, ou não, pela nossa própria vontade, na maioria dos casos. Quando permanecem, é porque cativaram e foram cativadas; é porque se tornaram realmente importantes. E cada uma das pessoas que considero minhas amigas são imprescindíveis à sua maneira. Faço questão de suas presenças; valorizo o sentimento que tenho por elas e o que elas têm por mim. E é por isso que fico tão triste quando sinto que a minha consideração e a minha amizade estão sendo escanteadas, sem que eu consiga pensar em um único motivo plausível. 

Quem entra de verdade na minha vida, como se fosse um membro da família, faz falta quando some.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A arte da vida

Nada melhor para aliviar a melancolia de um fim de tarde de domingo do que um belo concerto musical. A arte nos tira da realidade dura e embala a alma num ritmo alentador. A apresentação de Vitor Ramil e a Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro me proporcionou prazer - o prazer estético que só a arte de verdade nos dá, e o prazer de estar, em boa companhia, vivendo um pouco de cultura e lazer em meio à rotina desenfreada de trabalho - e me fez refletir brevemente sobre coisas da vida.

Incrível como algo tão regional, tão estritamente ligado a um espaço geográfico que não faz parte da minha experiência de vida pode sair do plano particular e invadir o universal, tocando qualquer coração, de qualquer parte do planeta. Um poema de João da Cunha Vargas, lindamente musicado e interpretado por Ramil, me chama atenção por um fragmento que se destaca entre as referências ao mundo dos pampas, com seus bolichos, cavalos e chinas. Com a Orquestra em silêncio ao seu redor, apenas o violão suave e a voz precisa entoam:  "... e ver que o mundo é pequeno, e que a vida não vale nada..." 

Nesse momento, pensei: que lindo isso! E fiquei com a frase na cabeça.

Voltei para casa com tudo pronto para retornar à loucura dos dias normais. E, assim, veio a segunda-feira. Aula de literatura no colégio, dia de falar sobre poesia. Ou melhor, dia de ler poesia. Simplesmente isso, sem maiores pretensões. 

Já que a ideia é fazer com que os alunos gostem, nada mais digno do que mostrar a eles o meu favorito... ah, o Pessoa. Este me faz pensar e repensar a vida a cada nova leitura. Hoje, as palavras dele se combinaram com a canção de Ramil e me inquietaram a ponto de me fazer voltar a escrever no blog, depois de tanto tempo afastada. O mestre Caeiro diz:

"Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo."

De repente, me peguei com a voz de Ramil e a de Caeiro ecoando em meus pensamentos. Pensei sobre minha vida, sobre a minha correria diária, as minhas buscas, os meus planos; pensei na minha mãe, no meu pai, nos meus irmãos; pensei nos meus avós, que já se foram todos; pensei nas perdas e também nos ganhos que a vida proporciona todos os dias; pensei nos encontros e nos desencontros; aproximações e afastamentos, inevitáveis ou não. E como esse mundo é mesmo pequeno, não? Como a vida da gente realmente não vale nada se não soubermos fazê-la valer a pena.

Cabe a cada um de nós fazer com que a própria existência não seja em vão. Porque o tempo passa e as coisas acontecem independentemente da nossa vontade. A roda viva não para. Toda vez que leio o poema de Alberto Caeiro, sinto um misto de alívio e angústia. Angústia porque me faz refletir e ver que a minha vida não está totalmente sob o meu controle; alívio ao pensar que posso e devo dar o melhor de mim em tudo que faço, acreditando em mim mesma e na minha função neste mundo, pois tudo é real e tudo está certo. E assim seria, mesmo que eu não gostasse.

E tem gente que ainda me pergunta para quê servem a literatura e a arte...


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Vivendo e aprendendo

Ao 28 anos, naturalmente, não sou um poço de sabedoria. Acredito, entretanto, que, a cada ano que passa, as experiências que vivemos nos trazem aprendizados valiosos, os quais nem sempre sabemos avaliar e por em prática. Aprendizados esses que, dos mais simples aos mais complexos, consequências dos pequenos incidentes do dia a dia ou dos grandes acontecimentos promotores de mudanças significativas na vida, podem ser agentes da nossa própria evolução enquanto seres humanos e podem nos fazer refletir sobre nossas atitudes e, até mesmo, modificar a nossa maneira de pensar sobre os mais diversos aspectos da vida. 

Muitas reviravoltas se passaram na minha história ao longo das minhas 28 primaveras, e, hoje, consigo perceber em mim mesma alguns sinais de crescimento que, há cinco anos atrás, para não ir muito longe, a minha cabeça quase recém saída da adolescência não permitia. 

Dentre as muitas coisas que aprendi nesse tempo, com experiências próprias ou de pessoas próximas a mim, após um exercício de reflexão que recomendo a todos, consigo compor um pequeno rol com as mais relevantes até o momento.

A primeira delas, e acho que é a mais importante, é: julgar os pensamentos, atitudes, escolhas de outras pessoas que não nós mesmos é o erro mais grave que posso cometer. Por mais próxima que eu seja de uma pessoa, por mais que eu a ame muito, por mais que eu tenha certeza de que a pessoa não está indo pelo caminho correto, NADA me dá o direito de interferir na vida de quem quer que seja. Veja bem, não estou falando de conselhos, embora eu ache que os conselhos devem ser dados, via de regra, quando solicitados. Estou falando de julgamentos mesmo. Posso conhecer intimamente a pessoa, mas nunca saberei o que de fato se passa dentro dela a ponto de avaliar os motivos que a levam a esta ou aquela escolha. Não posso escolher as músicas que alguém deve ouvir, os filmes que deve assistir, os lugares que deve frequentar, o que deve comer ou beber, e, principalmente, eu não tenho o direito de dizer a ninguém, nem ao meu melhor amigo, quem deve estar ao seu lado. Um grande sinal de amadurecimento é saber aceitar as pessoas e suas preferências, ainda que eu não concorde com elas. E não há problemas em expor a minha opinião, desde que ela não machuque, não provoque atritos desnecessários e nem faça com que as pessoas importantes se distanciem. Com o tempo, aprendi que os meus serão sempre meus, independente de suas opções. Gosto de saber que posso contar com eles e que eles podem contar comigo sempre que preciso.

Aprendi, também, que analisar o comportamento das pessoas e criticar seu modo de agir é muito fácil; difícil é olhar para o meu próprio umbigo. É natural observar e fazer objeções aos que estão à nossa volta. Porém, o exercício de olhar para dentro de mim mesma me mostrou que, inúmeras vezes, eu tinha exatamente as mesmas atitudes que tanto detestava nos outros. E como é difícil chegar ao ponto de admitir isso! Requer um grau de modéstia, humildade e autoconhecimento que nem sempre estamos dispostos a revelar a ninguém, quiçá a nós mesmos. 

Por vezes, a vida nos coloca frente a situações complicadas, das quais não conseguimos abrir mão ainda que à custa de muito sofrimento. Nesses momentos, recorremos aos amigos, e cada um deles nos brinda com uma opinião diferente, um conselho infalível. Todos enxergam melhor que nós aquilo que tanto mexe com nossas próprias emoções. Muitas vezes entramos em atrito e acabamos nos afastando daqueles que expressam um pensamento que nos desagrada. Passado certo tempo, posso ver que muitas vezes fui egoísta e me julguei autosuficiente, quando, na verdade, precisava e muito daquelas pessoas ao meu lado, com suas opiniões, conselhos, pensamentos. Não que eu fosse segui-los, mas precisava ouvi-los. Hoje consigo entender que cada um teve seu papel e contribuiu à sua maneira para que eu chegasse à tão desejada tranquilidade que me acompanha no presente. Com isso, aprendi que uma das características mais necessárias a um ser humano é a capacidade de OUVIR. Todos gostamos de falar, mas quase ninguém gosta de ouvir o que os outros tem a dizer. E ouvir não quer dizer concordar. Significa apenas coletar dados, colocar na balança e ver o que é positivo e o que é negativo, o que é dispensável e o que é aproveitável, e, assim, inteligentemente chegar a uma conclusão própria, legítima e madura.

Aprendi ao longo da minha vida que admitir os próprios erros e pedir desculpas por eles não é sinal de fraqueza. Tampouco perdoar é falta de força. Ambas as atitudes são sinais de amadurecimento e nos trazem paz de espírito e consciência. O orgulho nos segura porque vem do amor próprio e é fundamental para todos, mas o excesso dele nos torna arrogantes, prepotentes e, a longo prazo, nos leva à solidão. Com o tempo, aprendi que se eu tiver a humildade de reconhecer minhas falhas, deixarei o caminho aberto para que os que estão à minha volta façam o mesmo. E assim, a antiga máxima do "perdoar para ser perdoado" se concretiza e nos tira aquele peso das costas que enrijece a musculatura e, muitas vezes, nos traz mal humor, insônia, descontrole emocional e depressão. 

Paulinho da Viola disse numa linda canção "... a dor é minha só, não é de mais ninguém..."; as minhas frustrações são minhas, como são meus o meu sofrimento, o meu cansaço, o meu desespero, as minhas angústias. Os tropeços da vida me ensinaram que não devo culpar ninguém pelos meus fracassos, porque cedo ou tarde eles aparecem, e, na maioria dos casos, é muito mais fácil apontar um bode expiatório do que lidar com eles. É parte crucial do amadurecimento o processo de recriação e reconstrução das nossas bases. Ninguém é responsável pelo meu sucesso, assim como ninguém é culpado pelo inverso. Assim, aprendi que não devo descarregar nos outros o peso da minha insatisfação, sob pena de, novamente, afastar de mim as pessoas que amo e que me amam.

É provável que eu pudesse escrever infinitos parágrafos listando tópicos da minha breve lista de aprendizados. É provável, também, que nem sempre eu consiga colocá-los em prática quando necessário. São muitos os elementos envolvidos quando estamos na iminência de tomar alguma atitude diante de determinado acontecimento. E quase sempre a emoção nos leva com mais facilidade do que a razão. Entretanto, pensar a respeito deles e colocá-los no papel é um exercício e tanto. Espero que, dando continuidade ao meu pacote de mudanças para o novo ano, eu consiga ser mais racional quando necessário e mantenha a cabeça livre e tranquila para agir da forma mais apropriada a cada situação. Espero, ainda, que em breve eu consiga parar para refletir novamente e fazer uma nova edição, revista e ampliada, desta breve auto-análise.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Uma trégua aos anos pares

Certa vez escrevi aqui que os melhores anos da minha vida tinham sido os ímpares, enquanto que nos pares havia vivido os maiores dramas. 2011 serviu para comprovar a minha teoria. Foi um grande ano para mim em todos os aspectos; um ano de evolução, crescimento, amadurecimento, fortalecimento de alguns laços, retomada de outros e, acima de tudo, de muita felicidade e sucesso. Claro que houve acontecimentos dispensáveis, porém, no geral, só tenho a agradecer a todos os que contribuíram de alguma forma para que tudo transcorresse da melhor forma possível. O ano de 2011 encerrou-se com saldo positivo para mim, coisa que há algum tempo não acontecia.

A meta para 2012 é derrubar a minha própria teoria. Tudo que vivi no ano que passou me motiva a trabalhar para que o ano que está por vir seja ainda melhor. E há uma semana venho colocando em prática pequenas grandes mudanças que vem, por si só, me motivando mais e mais. 

Começando pela organização da casa -  passando adiante o que não interessa mais, desde papéis inúteis até roupas e sapatos que não são mais usados; arrumando cada cômodo da casa e seus respectivos armários; ordenando coerentemente a biblioteca. Tudo isso trouxe uma atmosfera leve e agradável, que me faz aproveitar com prazer cada momento passado dentro de casa.

Renovando hábitos, em busca de uma vida mais saudável. Cardápio elaborado no melhor estilo "bossa-nova", eliminando os excessos que, a longo prazo (nem tão longo assim), levam a uma saúde comprometida, ao cansaço e todas as consequências de ambos. Atividade física para ganhar energia e ânimo para fazer com que cada dia seja o mais produtivo possível.

Essas mudanças parecem bobagem, mas em uma semana me transformaram em uma pessoa mais disposta e me trouxe uma qualidade de vida que havia deixado para trás nos últimos três anos e espero conseguir manter e reforçar ao longo do ano e da minha vida. Quando as minhas férias terminarem, em fevereiro, e a rotina puxada de trabalho voltar, espero já ter conseguido fazer com que os novos hábitos me auxiliem a ser uma profissional mais organizada, completando assim o pacote de mudanças que julgo necessárias em minha vida. 

Como acho complicado fazer planos para muito adiante, o melhor é ir vivendo dia a dia, estabelecendo metas de curto prazo. Assim, ao final de cada dia bem vivido, uma vitória a mais. Dessa forma, acredito que conseguirei chegar ao dia 31 de dezembro de 2012 com saldo positivo novamente e fazer com que a teoria dos anos ímpares caia por terra. 

"... taking a chance is embracing the change..."